Ocupada por índios, sabem lá os deuses
desde quando, a praia de Itacoatiara, em Niterói/RJ, foi nomeada pelos nativos.
“Itacoatiara, na língua Tupi-Guarani, significa pedra pintada;
entretanto, segundo Antônio Cantanhede, em Outras Histórias do Amazonas, o
topônimo tem a seguinte decomposição: Itá - pedra; Coati - o mamífero; Ára - o
que nasce.”
Escutei de alguns residentes e
frequentadores de longa data que o nome também pode significar pedra riscada,
pedra desenhada e até pedra que chora, devido as grandes cachoeiras formadas
pela chuva ao escorrer dos costões deste lugar. Após a chegada dos europeus o
local foi explorado como fazenda, até a década de 1940, quando Mathias Sandri e
Seu Felício (avô do atleta local Dudu Pedra) iniciaram o desenvolvimento do
bairro.
Para chegar aqui demoramos 15 horas de viagem
desde Florianópolis. Encontramos rodovias boas e bem sinalizadas. Viajamos
durante a madrugada, sem pressa, com pouquíssimo trânsito e vimos apenas um
acidente (caminhão tombado). Passamos por 18 pedágios (total R$ 60,00
aproximadamente). Sendo que a parte do caminho que requer maior atenção é a
chegada à cidade de São Paulo, devido as muitas saídas é importante estar
atento ao Rodoanel! Não trouxemos mapa, olhamos o google maps antes de sair de casa e perguntamos a direção a um
frentista na entrada de São Paulo, foi tranquilo!
Até o momento aproveitamos uma ondulação
de sudoeste/sul e presenciamos performances incríveis da galera local (já
citados na primeira publicação desta viagem). Tivemos a oportunidade de
vivenciar bons momentos na cidade do Rio de Janeiro, acompanhados do amigo Zé
Augusto, quando outro swell de leste
encaixou na zona sul carioca. Arpoador e a praia do Leme, berço do bodyboarding brasileiro, foram palco
para grandes apresentações dos surfistas e bodyboarders locais. Jefferson
Urdan, WB, Jonathan Nogueira, Jorge Antonio “Pex”, Evaristo Teixeira, Stephan
Figueiredo e muitos outros mostraram um pouco do melhor alto desempenho
fluminense!
Com relação a segurança e mobilidade na
cidade do Rio de Janeiro:
-
A cidade está bastante segura e transmite isso,
ao menos esta foi minha impressão.
-
EVITE ANDAR DE CARRO!!! O trânsito é sinistro.
Com certeza há períodos do dia que são menos intensos, porém na maior parte do
tempo o “arranca e para” impera!
Com relação a estadia em Itacoatiara:
Vale muito a pena, a proprietária é
incrível, o local é limpo, seguro e oferece toda a estrutura necessária para
uma surf trip. Fica muito perto da
praia, tem bicicleta, fácil acesso ao mercado e farmácia. Para a refeição
depois das ondas tem um PF, com tele entrega por R$ 8,00.
- Existem mais duas pousadas próximas a
praia, porém o foco destas é o turismo de luxo, seus valores são mais elevados.
Outras opções são encontradas na estrada geral que leva a Itacoatiara e suas
cercanias.
Dica: faça a trilha até o topo dos costões
que limitam a praia! As paisagens são alucinantes, a mata e os animais também.
Estes morros fazem parte do parque estadual da Serra da Tiririca.
As fotos acima, com excessão a imagem em preto e branco de Itacoatiara que pertence ao arquivo pessoal de Rozangela Miguel, foram feitas pelo parceiro
nessa empreitada Jovani Prochnov e mais material encontra-se à disposição no
blog dele: http://www.imagem.art.br/portal/blog.html
Em breve novas fotos das ondas e um vídeo
da trip.
A previsão é animadora para esta semana!!!
Abraço e fiquem bem.