No verão de 2007 recebi um e-mail de uma grande amiga, Marina Tedesco, colega de colégio, companheira de ensino médio e fundamental, hoje residente do Rio de Janeiro, formada em cinema e traçando sua vida profissional entre o ensino acadêmico e as produções áudio visuais. Dizia ela: “dá uma olhada neste curso, é a tua cara”.
Na época vivia em Capão Novo, praia pertencente ao município de Capão da Canoa, litoral norte do Rio Grande do Sul. Era meu primeiro ano como instrutor de surf e bodyboard, atividade que exerço até hoje devido a uma oportunidade que o Eduardo e a Rose da Kauai Surf Store me proporcionaram. Além das aulas contava com patrocínio da loja e andava por algumas competições de bodyboard por aí.
Voltando ao e-mail da Marina, nele havia um link direcionando a uma página que continha a grade acadêmica de um curso novo que a Univali (Universidade do Vale do Itajaí) acabara de lançar.
Para resumir a estória: fiz a inscrição, passei na seleção e no fim daquele verão vim de mala e cuia para Florianópolis. Nesta época alguns amigos de Capão já viviam na Ilha. No ano anterior estes mesmos amigos haviam participado, junto comigo, da etapa da praia do Campeche do Circuito Oxyless, realizado pelo “Professor” Rodrigo Souza, um dos melhores com relação a qualidade de ondas que já presenciei no sul do Brasil. Por isso, quando fiquei sabendo que um destes grandes amigos, Bruno Bragança, morava nesta mesma praia, liguei pra ele pra saber se precisava de um brother pra dividir o aluguel.
De lá pra cá tive a felicidade, a sorte e a bênção das bruxas desta ilha mágica de viver experiências e aprendizados muito importantes. Em retribuição e gratidão ao estado de Santa Catarina, a cidade de Florianópolis, suas ondas (em especial as do Campeche) e, também, aos amigos nativos ou não que fiz nesta terra, seguem um breve histórico a respeito da Ilha da Magia!!! Desfrutem!!!
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A partir do século XVI a Ilha de Santa Catarina passou a ser visitada por navegadores de diferentes nacionalidades e no final da centúria de XVII, bandeirantes paulistas batizaram-na com o nome de Nossa Senhora do Desterro, nesta época não passava de uma modesta vila de pescadores. A emancipação política do município aconteceu em 1726 e logo após, entre 1748 e 1756, expressivas levas de colonizadores açorianos e madeirenses desembarcaram na região. A partir da independência do Brasil, Desterro foi reconhecida como capital da Província de Santa Catarina e, no século XX, rebatizada de Florianópolis em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto. Episódios como a iluminação pública, a construção da Ponte Hercílio Luz (hoje patrimônio histórico da cidade), a implantação da Universidade Federal e a inauguração da BR-101, nos anos 1900, influenciaram no desenvolvimento e crescimento da região. Dados da Agenda 21 (2000).
Nos anos 70, “moradores das áreas urbanas (do centro de Florianópolis ou de outras cidades)” passaram a buscar as praias e balneários da Ilha. Esta busca iniciou um processo de parcelamento do solo e ocupação que acabou criando pequenas cidades de veraneio por toda a costa, bairros quase independentes, como Ingleses e Campeche.
As fotos desta publicação foram feitas por: Daniel Tinelli, Cristian Herzog e Jovani Prochnov, na Ilha da Magia.
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