Pouco sei sobre a história e realidade dos índios
Guarani-Kaiowá, mas li sua carta ao Conselho Indigenista Missionário
(Cimi) e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio (Funai), onde
PEDEM “dizimação e extinção total” junto da terra que habitam e disputam com os
fazendeiros. Decidiram morrer no chão onde estão do que retirar-se.
Este é o link da carta:
Tenho dificuldade em opinar sobre assuntos que pouco
entendo e conheço, por este motivo só posso escrever que o que li a respeito é
triste e acontece no Brasil há mais de 500 anos. Repito, pouco sei sobre o que
está acontecendo no território Pyelito Kue/Mbarakay, no
município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul.
O curioso é que na semana passada fui presenteado pelos
amigos Raphael Ribeiro e Mariana Kadletz com o livro “Um olhar naturalista da
Serra do Tabuleiro e Região”, escrito por Fernando Maciel Bruggemann. Raphael e
Mariana foram realizadores do projeto de publicação, junto do autor, através de
sua empresa, a Incentive Projetos Culturais e Eventos.
Nesta obra temos fotos e informações preciosas a respeito
da fauna, flora e biodiversidade da Serra do Tabuleiro. Esta região foi, e
continua sendo, amplamente discutida devido às mudanças nas leis ambientais votadas no congresso federal. Já ouviram ou leram algo
a respeito do Código Florestal e os protestos “Veta Dilma”?!?! Pois, informem-se,
é importante!
Mas, o que esta região tem a ver com os mares e lugares que
buscamos para pegar onda? Absolutamente TUDO!!! Sobre os picos, deixarei
subentendido, basta dizer que a “ O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
estende-se pelo território dos municípios catarinenses de Florianópolis,
Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho,
Imaruí e Paulo Lopes”.
Faça uma busca no wannasurf.com pra ver a quantidade e
qualidade de ondas que a natureza oferece neste pedaço de paraíso!
Segundo o escritor e pesquisador do livro “o Parque
Estadual da Serra do Tabuleiro, constitui-se num dos mais importantes emissores
de recursos hídricos do litoral catarinense. Os mananciais hídricos, cujas
nascentes, em sua maioria, ocorrem dentro dos limites do Parque, abastecem
aproximadamente um milhão de pessoas da Grande Florianópolis e algumas cidades
do Sul do Estado.
Pra quem gosta de contemplar belezas naturais, nadar em
cachoeiras, esportes de aventura em rios e florestas sugiro que procure no google
as inúmeras opções encontradas por lá!
Índios Carijós e Xokleng, estes conhecidos como Botocudos,
habitavam o território da Serra do Tabuleiro, transformado em parque Estadual
em 1975. Deixaram riquíssimas heranças culturais e transmitiram muito do seu
conhecimento sobre a região antes de sua dizimação e expulsão. Também, fazem
parte do “mosaico” étnico que desenvolveu esta espaço do estado de Santa
Catarina, junto dos portugueses (muitos provenientes do arquipélago de Açores)
e alemães.
À parte a polêmica dos Guaraní-Kaiowá, sugiro a leitura de “Um
olhar naturalista da Serra do Tabuleiro e Região”. Aconselho a busca por ondas
no litoral do Parque Estadual e o turismo ecológico nas cidades que fazem parte
deste exuberante e rico lugar do Sul do Brasil!
As fotos desta publicação foram feitas em mares por Daniel Tinelli e lugares por Natália Tedy no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Abraço e boas ondas!