quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Muito cacique pra pouco índio!





Pouco sei sobre a história e realidade dos índios Guarani-Kaiowá, mas li sua carta ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio (Funai), onde PEDEM “dizimação e extinção total” junto da terra que habitam e disputam com os fazendeiros. Decidiram morrer no chão onde estão do que retirar-se.
Este é o link da carta:
Tenho dificuldade em opinar sobre assuntos que pouco entendo e conheço, por este motivo só posso escrever que o que li a respeito é triste e acontece no Brasil há mais de 500 anos. Repito, pouco sei sobre o que está acontecendo no território Pyelito Kue/Mbarakay, no município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul.
O curioso é que na semana passada fui presenteado pelos amigos Raphael Ribeiro e Mariana Kadletz com o livro “Um olhar naturalista da Serra do Tabuleiro e Região”, escrito por Fernando Maciel Bruggemann. Raphael e Mariana foram realizadores do projeto de publicação, junto do autor, através de sua empresa, a Incentive Projetos Culturais e Eventos.
Nesta obra temos fotos e informações preciosas a respeito da fauna, flora e biodiversidade da Serra do Tabuleiro. Esta região foi, e continua sendo, amplamente discutida devido às mudanças nas leis ambientais votadas no congresso federal. Já ouviram ou leram algo a respeito do Código Florestal e os protestos “Veta Dilma”?!?! Pois, informem-se, é importante!
Mas, o que esta região tem a ver com os mares e lugares que buscamos para pegar onda? Absolutamente TUDO!!! Sobre os picos, deixarei subentendido, basta dizer que a “ O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro estende-se pelo território dos municípios catarinenses de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes”.


Faça uma busca no wannasurf.com pra ver a quantidade e qualidade de ondas que a natureza oferece neste pedaço de paraíso!





Segundo o escritor e pesquisador do livro “o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, constitui-se num dos mais importantes emissores de recursos hídricos do litoral catarinense. Os mananciais hídricos, cujas nascentes, em sua maioria, ocorrem dentro dos limites do Parque, abastecem aproximadamente um milhão de pessoas da Grande Florianópolis e algumas cidades do Sul do Estado.
Pra quem gosta de contemplar belezas naturais, nadar em cachoeiras, esportes de aventura em rios e florestas sugiro que procure no google as inúmeras opções encontradas por lá!



Índios Carijós e Xokleng, estes conhecidos como Botocudos, habitavam o território da Serra do Tabuleiro, transformado em parque Estadual em 1975. Deixaram riquíssimas heranças culturais e transmitiram muito do seu conhecimento sobre a região antes de sua dizimação e expulsão. Também, fazem parte do “mosaico” étnico que desenvolveu esta espaço do estado de Santa Catarina, junto dos portugueses (muitos provenientes do arquipélago de Açores) e alemães.
À parte a polêmica dos Guaraní-Kaiowá, sugiro a leitura de “Um olhar naturalista da Serra do Tabuleiro e Região”. Aconselho a busca por ondas no litoral do Parque Estadual e o turismo ecológico nas cidades que fazem parte deste exuberante e rico lugar do Sul do Brasil!






As fotos desta publicação foram feitas em mares por Daniel Tinelli e lugares por Natália Tedy no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Abraço e boas ondas!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

FORA HAOLE!!!





A grande maioria das pessoas que conheço, considerando aquelas que pegam ondas, gostam de viajar atrás do balanço do mar.
Nós, humanos, assim como os animais, necessitamos de períodos migratórios. Repetindo os bichos, também retornamos ao ponto inicial da jornada.
Este ponto, o ponto inicial da jornada, onde nossa estrutura está, onde fincamos raízes, onde passamos a maior parte do ano, tem valor incalculável.




            No dialeto “surfístico” não passo de mais um “haole”. Este estigma carregarei para o resto da minha existência. Afinal, nasci cerca de 170km da praia onde comecei a pegar ondas. Mas, o que antes considerava um peso, uma ofensa, um fardo, após viver no Havaí, entre 2001 e 2004, tornou-se algo natural, algo verdadeiro. Nas Ilhas aprendi que “haole”, apesar do tom diminutivo que esta palavra tem no Brasil, significa forasteiro ou estrangeiro na língua nativa.
            Portanto, sou um “haole” mesmo, sou e serei sempre um forasteiro em todas as praias e ondas que um dia peguei ondas, enquanto migrar pelos mares e lugares do planeta.





Quis o destino, quiseram os ventos, as ondulações e as correntes, quis o meu bolso, quiseram Iemanjá, Nossa Senhora dos Navegantes e o diabo a quatro que meu barco atracasse em Florianópolis. Sabem os deuses até quando.
Deixo pras ondas decidirem e enquanto elas não se pronunciam, junto grana pros próximos períodos migratórios aproveitando o que de melhor o sul da Ilha de Santa Catarina tem pra oferecer. Na frente de casa!



Fotos deste post de Jovani Prochnov, produzidas na ondulação que recebemos no feriado do dia das crianças.
Abraço!!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Adivinha doutor, quem tá de volta na praça?




Amigos, TÔ AMARRADÃO!!!
Passaram-se 4 meses entre cirurgia, repouso, fisioterapia e bastante trabalho.
Finalmente fui liberado pelo médico pra voltar à água!!!!




Recomecei os treinos físicos, necessários pra recuperar o preparo.
            Florianópolis é o lugar no momento!



           As fotos desta publicação são dos primeiros mares que tive o privilégio de aproveitar no sul da Ilha e foram feitas pelo parceiro de sempre, Jovani Prochnov.




            Tenho amigos que passaram por problemas de saúde muito piores que os meus, só posso agradecê-los pelos exemplos que me deram. Como diz uma amiga “o corpo humano é mágico”.
            Pra ti, que lê estas palavras, MUITA SAÚDE!!!
       Um MUITO OBRIGADO ESPECIAL aos profissionais da saúde que estiveram comigo nesta fase. Doutor Norberto Martins, Doutor Paulo Velasco, Doutoras Fernanda Ramos, Thais e Tatiane Schowchow, aos educadores físicos Ricardo Moojen e Henrique Engler. Aos meus pais, meus irmãos e família, Natália, Daiane Oliveira, Teo Osterkamp e aos amigos que acompanham o blog Mares e Lugares!
            Um forte abraço e logo o projeto engrena novamente.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Quem tem raiz na água é alga...




Frio, ventos, correntezas, redes de pesca, estrutura esportiva inexistente, suporte e consideração da sociedade inexpressivos, águas escuras e gélidas, “mexedeiras e fechadeiras”, outsides e cocos loucos, botos, baleias, mães d´água, mariscos e tatuíras, areias e praias para perder de vista. Cenários bucólicos e intimidadores. Pegar onda no Rio Grande do Sul, no inverno, é pra quem tem água salgada nas veias, pra quem tem disposição e realmente gosta do balanço do mar!
Como uma árvore que apoia sua grandeza e busca seu sustento na raiz, nós, gaúchos deslizadores de ondas, iniciamos nossa relação íntima com o Atlântico em meio a braçadas temerosas e excitantes. Procuramos a paz e a satisfação na imensidão viva que limita geograficamente nosso território e também incita nossos devaneios a respeito das ondas em outros estados, países, praias e oceanos.
Quem tem raiz no mar é alga, mas algo de muito bom acontece sempre que entro nele!
Neste último fim de semana tive a honra, o prazer e a satisfação de ser parte, novamente, de mais um episódio da história do bodyboard e do surf de Capão da Canoa. Lugar onde iniciei meus primeiros “drops”, onde enfrentei e tomei gosto pelos mares do mundo.




No sábado, dia 29/09, aconteceu a 2º etapa do Circuito ASCC de Bodyboard. Participei como juiz, orientado por um dos maiores campeões do bodyboard gaúcho, Juliano Baltazar, também junto do Ricardo, outro local de Torres/RS. A festa foi incrível. Grandes talentos e, com certeza, grandes amigos compartilharam estes momentos.




Sei que não devo, mas vou correr o risco de esquecer alguém na tentativa de lembrar de todos. Sorriram e viveram o bodyboard juntos neste dia: Daniel “Dilly” Silveira, Teo Osterkamp, Cleber “Babaloo” Silva, Fabianinho Raupp, Gustavo Lazzari, Kaxopa, Adrix, Eider Vinicius, Bernardo Tazoniero, Daniel Ramos, Carlos Eduardo “Rasta”, Pâmela Romero, Marta Andrade, Camila Mellos, Rodrigo “Gugu” Rocha, Tiago dos Santos “Salsicha”, Billy, Pokemon, Dieguinho, Éder Matos e tantos outros!!! Fica o meu pedido de desculpas antecipado aqueles que não escrevi!






No domingo, enquanto rolou a competição de surf, válida também pelo circuito da Associação de Surf de Capão da Canoa (ASCC), realizamos um curso para instrutores de bodyboard. Esta atividade aconteceu devido a mobilização da ACABB (Associação Caponense de Bodyboard) que está se estruturando para fomentar o esporte no município e no dia 13 de outubro começará a dar aulas gratuitas para crianças, adolescentes e idosos da cidade.




Parabéns ao Gustavo Bertotto e ao Vini Fornari pela realização do campeonato.
FORÇA E SUCESSO À ACABB!!!
As fotos desta publicação foram feitas por Bernardo Tazoniero (competição) e Pâmela Romero (Curso para instrutores de Bodyboard).
Um grande abraço e até breve.